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Pesquisadores do FoRC estão entre os 100 mil cientistas mais influentes do mundo

Por Eduardo - Pesquisa

Última atualização em 09/03/2022

Pelo segundo ano consecutivo, o ranking da Universidade de Stanford, por meio de métricas de citações, concluiu que Franco Lajolo e Paulo Sobral fizeram parte dos 2% melhores colocados.

 

Os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Alimentos (Food Research Center, o FoRC), Dr. Franco Lajolo e Dr. Paulo Sobral, estão entre os cem mil cientistas mais influentes no mundo, ou seja, os 2% de maior relevância. Eles figuram no ranking desenvolvido pela Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, que utiliza a base de dados da editora holandesa Elsevier.

Além de Lajolo e Sobral, 810 pesquisadores brasileiros obtiveram o mesmo reconhecimento no ano passado. Publicado em outubro de 2021, o estudo é dividido em duas categorias: dos pesquisadores de maior repercussão desde o início da carreira até o final de 2020 e dos pesquisadores de maior repercussão em 2020.

Na primeira categoria, ambos os cientistas do FoRC, que já foram citados no ano anterior, estiveram entre os 90 e os 100 mil melhores colocados. Enquanto na segunda, figuraram entre os 125 mil melhores ranqueados. Para fazer essa avaliação, o levantamento utilizou dados de citações (com e sem citações próprias), índice h (número de artigos com citações maiores ou iguais aos estudos mais citados), índice hm (índice h ajustado para coautorias), citações quando o pesquisador não está entre os primeiros autores e um índice composto de outras métricas.

Franco Lajolo, além de seu trabalho no FoRC, atua como professor sênior do Departamento de Alimentos e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF-USP) e teve sua primeira pesquisa publicada como primeiro autor em 1975. Ao longo de sua carreira, o pesquisador estudou aspectos da química, da bioquímica e da biologia molecular de alimentos, procurando mecanismos que levam à qualidade e à deterioração dos alimentos, que serviram como base para a evolução da nutrição e da ciência dos alimentos. Nos últimos anos, em conjunto com o FoRC, vem ganhando notoriedade por suas pesquisas com compostos bioativos de alimentos e o impacto deles no metabolismo humano.

Para ele, o título reconhece o trabalho de muitos brasileiros, apesar das dificuldades. “Fiquei muito contente porque a conquista mostra que mesmo com todos os problemas em produzir ciência no Brasil, a USP, o FoRC, eu e outros colegas do departamento conseguimos essa importante visibilidade”.

Já Paulo Sobral atua como docente no Departamento de Engenharia de Alimentos da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA-USP). Ele teve seu primeiro trabalho como primeiro autor publicado em 1994. Sua linha de pesquisa é focada em tecnologias de filmes ativos à base de biopolímeros – embalagens biodegradáveis que agregam novas propriedades para os alimentos.

Sobral avalia que a conquista reconhece a excelência das instituições das quais ele faz parte. “É uma honra muito grande estar em um grupo tão seleto, entre os 100 mil melhores colocados de um total de mais de 5 milhões de pesquisadores. Mas para além do orgulho próprio, o resultado traz reconhecimento e coroa o êxito do rigor e a excelência do FoRC e da USP na produção de ciência, reforçando que são instituições de caráter mundial”.

Ambos os pesquisadores também ressaltaram a importância do esforço coletivo nessa conquista, sendo que muito disso vem da existência de grupos colaborativos, como o FoRC. “Ao longo dos últimos 50 anos sempre busquei valorizar grupos de trabalho colaborativos e multidisciplinares. No nosso grupo, tentamos montar projetos com pessoas de todos os níveis da carreira, de estudantes de iniciação científica até docentes sênior, e com pesquisadores de diversas áreas [biologia, física, química]. Tudo isso é fundamental para o sucesso das pesquisas e para a difusão delas”, aponta Lajolo.

“Além dessas colaborações, que são de suma importância, precisamos falar das colaborações com pesquisadores de fora da Universidade. São colaboradores de outras universidades brasileiras, como a Unicamp, e do estrangeiro, com parceiros dos Estados Unidos e de outros países da América Latina e Europa, que nos dão suporte em muitos projetos”, complementa Sobral. “Os resultados que obtivemos ilustram a importância da nossa área de atuação, que nem sempre é tão reconhecida quanto a física, química, medicina etc. E mostram que na área de alimentos também é possível fazer pesquisas de ponta”, conclui.

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